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O que precisamos saber sobre ADITIVOS de óleos lubrificantes e hidráulicos (ÓLEOS)

ÓLEOS são fundamentais para garantir a operação eficiente de equipamentos rotativos em geral, sistemas hidráulicos, transmissões e equipamentos industriais.

A priori foram desenvolvidos para reduzir o atrito entre as partes móveis, mas também ajudam a dissipar calor, protegem contra a corrosão e são um meio eficiente de transmissão de força (óleos hidráulicos basicamente).

Para realçar alguma propriedade inerente dos ÓLEOS, ou corrigir alguma de suas deficiências, são adicionados compostos conhecidos por ADITIVOS pelo seu fabricante.

De um modo geral diz-se que os aditivos são adicionados para realçar alguma propriedade dos ÓLEOS ou para protegê-los.

Mesmo ÓLEOS que tenham a mesma aplicação, por exemplo, lubrificação de engrenagens, terão aditivação distinta em função das cargas e esforços mecânicos, por exemplo, um redutor planetário exige mais dos ÓLEOS que um redutor de eixos paralelos e, portanto, a aditivação dos ÓLEOS será distinta.

A seguir os elementos de aditivos mais comuns e suas respectivas aplicações:

Antidesgaste(Cromo (Cr), Fósforo (P),Titânio (Ti), Zinco (Zn)) – Protegem as superfícies metálicas formando uma película, prevenindo o desgaste excessivo em peças como mancais e engrenagens.

Detergentes e Dispersantes(Bário(Ba),Cálcio(Ca),Magnésio(Mg),Potássio(K), Sódio (Na)) – Neutralizantes de ácidos, evitam a formação de depósitos.

Alta Pressão(Enxofre(S),Chumbo(Pb),Fósforo(P),Molibdênio(Mo),) – Aumentam a resistência da película lubrificante, evitando seu cisalhamento devido a cargas intensas, protegendo engrenagens e transmissões.

Modificadores de Atrito(Molibdênio(Mo),Titânio(Ti)) – Necessários para a lubrificação em peças móveis, otimizando o desempenho e prevenindo o desgaste precoce.

Antiespumantes e Anticorrosivos(Silício(Si)) – Evitam a formação de espuma e protegem os equipamentos da corrosão causada por umidade.

Os aditivos são essenciais para garantir que os ÓLEOS desempenhem suas funções, a sua formulação é de responsabilidade do fabricante que, através de pesquisas e testes, em parceria com os fabricantes de equipamentos, define a melhor composição para cada aplicação.

Readitivação dos ÓLEOS:

Com o tempo os aditivos serão consumidos, a prática de alguns usuários e prestadores de serviços de adicionar aditivos ao óleo é totalmente errada.

Os ÓLEOS têm suas próprias características e, na maioria das vezes, um aditivo adicionado pode ter uma reação adversa com o aditivo original do óleo e o efeito ser o contrário do que se espera, sem considerar reações químicas que poderão causar a formação de vernizes e deterioração acelerada do óleo. Uma prática aceitável e recomendável é conhecida por “bleed and feed”, ou seja, sangrar uma pequena quantidade do óleo em uso e repor com óleo virgem, restabelecendo parcialmente a aditivação perdida com o uso.

A aditivação dos ÓLEOS é responsabilidade do fabricante, a sua readitivação somente será possível com a orientação e supervisão dos fabricantes. Prestadores de serviço que o fazem estão pondo em risco não apenas o ÓLEO, mas os ativos que os utilizam.

Contaminantes: Os Vilões da Lubrificação

Se, por um lado, os aditivos melhoram algumas características dos ÓLEOS, os contaminantes atuam no sentido oposto. Podem reduzir sua eficácia, acelerando o desgaste dos equipamentos e provocando falhas no sistema. Esses contaminantes são oriundos de diversas fontes, o próprio desgaste do equipamento, meio ambiente e, no caso de motores de combustão, resíduos da queima de combustível.

Os principais elementos constituintes dos contaminantes são:

Partículas Metálicas(Ferro(Fe),Cobre(Cu),Chumbo(Pb),Cromo(Cr),Níquel(Ni), Estanho(Sn),Prata(Ag), Alumínio (Al)) – Originadas do desgaste de peças móveis, como mancais e pistões, essas partículas indicam erosão e aumento do risco de falhas mecânicas.

Poeira e Impurezas do ar (Silício(Si)) – Contaminante que entra no sistema por falhas nas vedações ou respiros, também prejudica a lubrificação e acelera o desgaste.

Resíduos de Combustível ou Arrefecimento(Vanádio(V),Manganês(Mn),Sódio(Na), Potássio(K)) – Ocorrem devido a vazamentos de fluidos, em motores e turbinas, podendo formar depósitos que comprometem a eficiência térmica e a lubrificação.

Substâncias Corrosivas(Enxofre(S),Cádmio(Cd)) – Essas substâncias aceleram a degradação do lubrificante e podem causar danos às superfícies metálicas.

Paradóxo da aditivação

O paradóxo está no fato de um elemento ser comumente classificado como elemento de contaminação e na realidade, originalmente, fazer parte da formulação do ÓLEO e seus aditivos, veja abaixo:

1º paradóxo:

Elementos associados ao desgaste de peças móveis:Ferro (Fe), Cobre (Cu), Chumbo (Pb), Cromo (Cr), Níquel (Ni), e Alumínio(Al) nas seguintes situações são aditivos:

Fe: Pode estar presente em compostos de óxidos metálicos para melhorar a condutividade térmica.

Cu: aditivo para melhorar a resistência à corrosão.

Pb: aditivos para aumentar a resistência da pelicula lubrificante, ou aditivo de extrema pressão (EP) – comum em óleos antigos.

Cr: encontrado na formulação de aditivos anti-desgaste

Ni: aditivo para melhorar a resistência ao calor.

Al: encontrado em graxas lubrificantes com espessantes

2º paradóxo:

Elemento associado a contaminação externa também pode ser parte da formulação:

Si: Empregado como antiespumantes (siloxanos).

3º paradóxo:

Esse caso é o mais complexo, elementos encontrados em aditivos, são contaminates para algumas aplicações:

Na: Em algumas aplicações, como por exemplo motores de combustão interna, é um aditivo que auxilia na remoção de depósitos devido a sua propriedade detergente (sulfonato de sódio), se empregado em lubrificante de turbinas ou controle hidráulico provocará entupimento de tubos capilares e/ou travamento de válvulas;

S: Componente dos aditivos de extrema pressão (EP) e modificadores de atrito, em excesso podem causar corrosão de alguns metais;

Conclusão:

A maioria dos laudos de análise de óleo costuma separar os elementos mais comuns ao desgaste dos elementos mais comuns à aditivação, inclusive os laudos da Purilub. Não está errado agir assim.

O grande erro está em proferir diagnósticos, e orientar usuários, sem conhecer a aplicação do ÓLEO e sua formulação inicial.

As melhores práticas são:

  1. Conhecer o equipamento que utiliza o ÓLEO;
  2. Fazer a análise do ÓLEO virgem e usa-la como referência para comparações;
  3. NUNCA readitivar o ÓLEO e, se o fizer, somente com a orientação do fabricante e com seus compostos;
  4. Adotar a técnica “feed and bleed”, porém nunca usar ÓLEOS diferentes, não falamos sobre contaminação cruzada mas, ÓLEOS similares de fabricantes diferentes podem ter aditivos incompatíveis.

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